quinta-feira, 9 de junho de 2016

A reforma política



É neste momento tão conturbado que percebemos no cenário político do Brasil que devemos, como em tudo na vida, ainda verificar os pontos positivos destes momento: Nunca antes tantos cidadãos brasileiros estiveram com a mente voltada para a política, nunca tantas pessoas se dedicaram a conhecer os seus governantes, nunca tantos desejaram ver a justiça aplicada... Ainda que nem sempre bem refletida. Mais positivo seria se todos estivessem refletindo sobre o que é política, qual a sua função na estrutura de um país, e não defendendo pontos de vista, na maioria das vezes imorais. Porque onde há imoralidade não há nada para ser defendido.
E é nestas circunstâncias que podemos, cada um de nós, verificar a nossa incapacidade de reflexão, e a inutilidade que é se esmerar para se fazer reconhecer como um indivíduo intelectual. Nesta atividade de demonstração de intelectualidade política através do Facebook, fomos testemunhas de argumentações grosseiras, discussões piores ainda, e para a escandalização daqueles mais sensíveis, o fim de muitas amizades, tendo por origem o fato de uns defenderem os imorais da direita e outros os da esquerda. Seria isto um exercício de pseudo intelectualidade, ou uma nova modalidade de fanatismo diferente do religioso? Ser intelectual, inclusive, não é ser inteligente; bom que salientemos este fato.
Espero que o resultado deste momento em que estamos, nós brasileiros, sem perspectiva de um futuro equilibrado politicamente falando, seja o de um país mais consciente, essencialmente no sentido simplesmente humano, de si mesmo, para que a partir disso possamos ter uma responsabilidade e gerenciamento inteligente acerca dos nossos pensamentos, atos e atividades, para que o conjunto disso seja expressivo, na responsabilidade e gerenciamento consciente daqueles que têm por responsabilidade o gerenciamento do país.
Não existe no planeta uma sociedade composta de cidadãos honestos, que seja governada por políticos criminosos. Que possamos viver após esta turbulência um aforismo de Kant (1724–1804): "Age sempre de tal modo tão consciente, que o teu comportamento possa vir a ser uma expressão de uma Lei Universal." Só assim transformaremos o país.

A beleza pelas razões inteligentes



Esta na foto é Beth Ditto, norte americana, cantora de rock e completamente fora do padrão de beleza brasileiro. No entanto foi nomeada a "Mulher Mais Sexy do Ano" na NME Awards 2007. Esta nomeação é importante? Acho que não! Há algo mais importante: ATITUDE e liberdade mental, porque quem não tem felicidade em si mesmo, não vai encontrá-la em lugar nenhum! A loja TOPSHOP a convidou para fazer um comercial, pelo qual a cantora receberia milhões de dólares... E sua resposta aos milhões de dólares da loja: "Não faço comerciais para lojas que não vendem meu número." - Acho que é exatamente isso que a mulher brasileira precisa aprender, pra depois no final não reclamar acerca da qualidade do homem a quem está ligada, já que o atraiu usando as razões erradas.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Reflexão


Neste momento atual de caos generalizado a Natureza nos solicita a estarmos atentos, presentes no presente, valorizarmos aquilo que é bom, belo e útil, pra não complicarmos mais o que já está extremamente complicado.

Na sociedade planetária  temos visto as comunidades se desmantelarem por causa de um fanatismo religioso, e por este a maioria das pessoas culpa ao islamismo, mas acreditemos que  este é um problema humano, e não religioso. Aquelas pessoas, membros do ISIS ou do Boko Haram não representam aquela religião, apenas interpretam os textos do seu jeito pessoal e que leva a tudo o quanto temos sido testemunhas, do mesmo jeito que estamos testemunhando intolerância religiosa no Brasil. Mas é muito provável que na contemporaneidade assistamos a eventos apocalípticos em função deste fanatismo religioso, que não está apenas sendo desenvolvido pelo Estado Islâmico ou pelo Boko Haram, temos presenciados coisas não tão radicais no Brasil, mas tudo que hoje é grande, como as ações do Estado Islâmico, um dia já foi pequeno, como as ações resultado de um fanatismo religioso no Brasil no nosso país. Estes fatos demonstram que já é factual o início do fim da sociedade como a conhecemos; ou talvez o início de um retrocesso às pobres vivências de tudo o quanto vivemos na Idade Média. Então o que nos falta enquanto indivíduos? Reflexão!

O fanatismo, elemento de caos social, não se resume apenas à religião. Infecta as Academias, sejam universidades ou simples instituições de pesquisa, onde se negam pontos de vista, sem analisarem,  por estes não terem sido publicados numa revista de ‘qualis A’, ou defendidos por um cientista de renome. Alguma diferença entre textos bíblicos e os pastores de igrejas que incentivam o fanatismo? E podemos perceber estas mesmas ações e atitudes no que diz respeito à política brasileira. Diante de tudo o que tem sido exposto, diante de tudo o que percebemos, quem defende qualquer partido político e sua corja, quadrilha ou cáfila imunda, é tão fanático quanto os casos anteriores já descritos, mas com uma ênfase na imoralidade. Este aqui é fanático e imoral. Não que os outros não sejam, porém estes aqui possuem uma ênfase. 

Busquemos valorizar as nossas experiências, que quando utilizadas para material de reflexão, farão surgir dentro de nós algo chamado de Sentimento. O sentimento quando verdadeiro, e para ser sentimento precisa ser verdadeiro, é que nos dá a convicção e certeza daquilo que sabemos, e fazemos; por ele não nos permitir fazer o contrário àquilo que ele determina, e que foi construído por nós mesmos porque sentimos. O sentimento é o fruto das experiências, não da opinião, do ponto de vista, da teoria. É ele quem nos guia através dos momentos de alegria, até que no fim entendamos que ser feliz nada tem de relacionado com o que nos é exterior: religião, ciência materialista ou partidos políticos. Mas sim com tudo o que diz respeito à nossa interioridade. Estar atento ao que se sente no presente em função das experiências do dia a dia é que nos fará pessoas felizes. Pois esta percepção daquilo que se sente promoverá uma transformação, já que para ser feliz é necessário que nos tornemos seres humanos melhores. Então sejamos inteligentes e esqueçamos tudo aquilo que tem por intuito o fanatismo, que apenas gera caos, seja qual for a área de atuação em si mesmo. Construamos a nossa própria teoria e prática acerca do viver. Valorizemos aquilo que sentimos e atentos a isso transformemos, em nós, os vícios em virtudes. 

E o que em tudo isso, desde o início do texto, tem relação com você? Veja quem é você e o que você faz todos os dias quando está sendo pressionado pela vida por si só ou  pelo confusão em que vivemos. E você possivelmente perceberá, que o caos global sobre o qual você critica tão veementemente, é simples e puramente resultado do seu caos individual.
 


terça-feira, 27 de maio de 2014

Perceber, sentir e ser.


Word art of feel the love

Atentando àquilo que se sente percebe-se que o valor a ser retirado deste ato, é a construção de um novo sentimento. A percepção do ‘como’ atentamos àquilo que sentimos, nos eleva a novos patamares de experimentação das sensações relativas à vida. A experimentação atenta e a valorização da estratégia de percepção acerca do viver, nos eleva ao valor da compreensão acerca daquilo que significa ‘ser livre para viver’.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

É drama ou romance?


Nas mais variadas formas de se demonstrar afeto por outra pessoa, podemos perceber um aspecto conflitante que é, na tentativa de se oferecer tal sentimento, obrigarmos o outro a receber da maneira que agrade a quem oferece, sob pena de ser mantido escravo deste presente ou da não aceitação do mesmo (acontece!), o qual, revestido de beleza, tem apenas uma única finalidade, a de se criar uma masmorra colorida e perfumada; de se elaborar uma tesoura afiada, feita de ouro, cravejada de brilhantes, usada amplamente nesta peculiar troca de afeto. Uma tesoura feita para cortar... Cortar tudo aquilo que é profundo, amplo e inefável como nossas asas. Drama!

É possível que esta mesma demonstração de afeto venha cheia de real colorido e perfumes, e assim sendo, tendo por finalidade a construção de um paraíso de felicidade e harmonia, onde não há limites entre quem oferece e quem recebe o afeto, porque entre estes não há distância. Estes possuem duas asas, cada uma num corpo, proporcionando um vôo solo, mas a dois. O equilíbrio solidário e amoroso entre os desiguais, que proporciona o vôo às alturas do crescimento em parceria. Mas há de ser refletido a dois o plano de vôo, para que as partes desiguais dos corpos com cada asa se encontrem suavemente na doçura do altruísmo, no compreender, no ouvir e no orientar. Há quem prefira o vôo solo, e assim doar afeto a todos... Também é um belo e verdadeiro voar! Romance!

Fiquei pensando sobre isso depois de ver, faz um tempo, um casal numa faculdade daqui de Salvador argumentando e brigando, usando gestos e palavras agressivos, no estacionamento da instituição. Não sei se estamos certos do que desejamos para nós mesmos quando pensamos em felicidade, mas miramos no outro apenas a fonte de prazer. Felicidade é outra coisa; algo diferente do que se vê nestes relacionamentos atuais, onde os vícios são o tempero da relação, onde há o entendimento de que o conflito é o termômetro desta busca por felicidade.  Precisamos compreender e separar o que é Drama do que é Romance, para que não se componha no final uma Tragédia. Separar o que é fútil daquilo que é útil. Cultuar o bom, o belo e o necessário para si mesmo, para poder saber oferecer do mesmo ao outro. Sob pena de ver o tempo passar e verdadeiramente não se saber ou perceber, qual é o estilo ou modalidade daquilo que deveria ser uma completa Obra de Arte, o texto definitivo, que foi construído ao longo dos anos, e que na maioria das vezes, erroneamente chamamos de relacionamento.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Melancolia




"Melancolia (do grego μελαγχολία - melagcholía; de μέλας - mélas, "negro" e χολή - cholé, "bílis") é um estado psíquico de depressão com ou sem causa específica. Caracteriza-se pela falta de entusiasmo e predisposição para atividades em geral."

Durante a Renascença o estado de espírito chamado de melancolia era considerado bem vindo, pois proporcionava um contato consigo mesmo, um pé no presente, ao invés de se viver alternando entre planos para o futuro e lembranças do passado.

Na atualidade as últimas gerações têm por prática confundir prazer com felicidade. Este engano é a base de 90% dos problemas humanos, eu diria. Procuramos companheiras, companheiros, trabalhos, "amigos", etc., tendo por objetivo ser feliz, mas tudo aquilo que fazemos é dar manutenção a uma fonte de prazer que desejamos que seja inesgotável; tendo esta manutenção como objetivo do viver, usamos como método toda sorte de vícios e maltratos para com os outros, mas principalmente para consigo mesmo, para manter esta fonte de prazer jorrando, o que deveria ser contraditório em se tratando da origem: a busca da Felicidade. Quando nosso foco é esta busca equivocada por felicidade, significa que estamos mais perceptivos ao que acontece fora, do que dentro da gente. Uma vez que praticamos esta maneira de viver, um dado momento qualquer sensação pode assumir o controle de sua vida. A melancolia pode virar o sintoma de uma depressão e início de morte (Como no filme).

A melancolia é uma sensação que, quando se é consciente, nos possibilita involuntariamente a estar atento ao que se sente, a aprofundar, mergulhar em si mesmo, e esta ação promove uma reflexão transformadora ou uma bela elaboração artística. Estar atento é estar em relação consigo mesmo, e é a partir disso que podemos estar perceptivos e atentos a tudo ao nosso redor, re significando  as suas experiências de prazer e dor. Esta atenção interna, sem escravidão àquilo que é doce, mas estando apto a lidar com aquilo que a vida trouxer, é o que proporcionará o resultado desta atividade e disponibilidade mental: o encontro do "Ser Feliz".

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Crime de Guerra


Hoje assisti o filme 'o segredo de Berlim' onde um dos elementos do filme é aquele ato considerado Crime de Guerra. Gostei muito da plástica do filme; e como todo filme de Soderbergh tem um final no mínimo interessante. 

A partir do filme ficou em mim algo mais subjetivo a ser considerado: A necessidade de se conceituar um crime de guerra. - Isso simplesmente demonstra o quão complexo vem a ser o ser humano. E por isso talvez a ideia de se classificar alguns atos cometidos numa guerra, num rol de atos abomináveis, tenha por origem a possibilidade de se minimizar a brutalidade que numa situação como aquela, já seria acontecimento recorrente. Por outro lado este esforço, político talvez, venha a sugerir que uma guerra seja algo aceitável pelas nações, comunidades e seus indivíduos componentes. Os crimes de guerra são atos abomináveis dentro de um outro ato abominável maior. 

Uma guerra não deve ser percebida como algo aceitável, simples e normal. Não existem 'crimes de guerra'; O CRIME a ser considerado pelas nações, pelas comunidade, pelos indivíduos é a guerra em si mesma!


PS: A menina vietnamita corre nua e chorando na foto acima porque seu corpo está em carne viva, em função de ter tomado um banho de gás, lançado por caças norte americanos. 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Cuidado


Não podemos permitir que se dissemine na sociedade que o 'cuidado', é a matéria prima, exclusiva, das pessoas da área de saúde. Amizades requerem cuidado. Vamos dar às costas a esta normose que prega o materialismo, o individualismo, o egoismo... E cuidemos uns dos outros! ;¬*

sábado, 25 de junho de 2011

Uma Luz

Um dia destes eu estava num ônibus indo para casa, e subiu um senhor vendendo um kit de agulhas: Agulha pra costurar roupa, agulha pra costurar vela de barco, agulha pra costurar couro, agulha pra prender tecido, etc. Somente eu comprei o kit, acreditei que minha mãe que curte costura acharia interessante e ninguém mais se interessou; mas isso não inibiu o senhor de fazer uma mini palestra sobre espiritualidade. Ele falou sobre comportamentos que transmitem e influenciam uma postura condizente com a Paz que tanto procuramos; falou sobre a consciência que devemos almejar para que possamos viver melhor, permitindo que as rédeas de nossa vida permaneçam nas mãos daquele tem a clara responsabilidade sobre si mesmo. Etc, etc, etc! Tudo isso com suas próprias palavras, seu próprio vocabulário, sem citar livro algum, tudo fruto de seu sentimento acerca da vida. Tomara que um dia, nós intelectuais, possamos um dia levar tamanho porto de tranquilidade para os que necessitam, munidos desta simplicidade caracteristica de quem já encontrou em si mesmo a fonte da Felicidade.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

As moscas

Poderia ser o modismo uma doença psíquica? Estes dias eu estava argumentando isso com uma turma de alunos de psicologia. Porque muitas pessoas que acreditavam piamente que algo seria imoral, nunca utilizavam a peça de roupa ou acessório, que embora estivesse disponível, seu ponto de vista quanto à imoralidade não lhe permitia fazer uso. No entanto quando o mesmo objeto passa a ser massificado pelas novelas, etc., muda-se o ponto de vista, as pessoas se violentam, se auto impõem algo que a sua razão nega, apenas para fazer parte do grupo, para fazer coro com a cultura da maioria. Uma vez um nazista, Joseph Goebbels, disse: "Uma mentira repetida muitas vezes se torna verdade!" Com isso me vem a mente um antigo ditado muito reflexivo: " Comam cocô! É impossível que um bilhão de moscas estejam erradas!" ;^)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A Meritocracia


Sir Isaac Newton no ano de 1687 muda a maneira humana de se relacionar com a física, quando descreve a lei da gravitação e as suas três leis, chamadas 'de Newton', fundamentando os princípios da mecânica clássica. Suas teorias trazem de forma inédita, até que se prove o contrário, a afirmação do fato de que tanto os corpos celestes, bem como os objetos na Terra, e aqui inserimos os seres humanos, são regido por Leis Universais não importando o recôndito do Universo que habite.

Uma ação e reação experimentadas num laboratório não difere do conceito de Causa e Efeito, bem como da Lei do Karma divulgadas através do hinduismo. Basta apenas que percamos em fanatismo, no sentido de deixarmos de valorizar apenas aquilo que nos é dito, seja pela religião, seja pela ciência; para ganharmos em sentimento acerca das coisas, acerca daquilo que sentimos particularmente, para compreendermos como estas coisas se processam em nossas vidas e o que delas podemos tirar de aprendizagem. Já diziam os mais velhos: "Aqui se faz, aqui se paga!" Ou: "Quem guarda rancor morre de câncer!" Ou: "A semeadura é livre, MAS a colheita é obrigatória!" Ou seja... Ação e Reação. Definitivamente Newton sabia do que estava falando! ;¬)

Então é necessário que nós possamos entender que tudo aquilo quanto nos ocorre, é fruto de decisões não refletidas com clareza, decisões em que não contemplamos a inteligência apenas para satisfazer o outro, seja ele quem for, ou um padrão de comportamento aceito pela maioria. Os benefícios ou revezes da vida são méritos que buscamos. Sonhamos com a felicidade e buscamos este ideal no mundo exterior. Mas apenas aqueles que sentem que a felicidade é um patrimônio seu, merecem fazer de si e dos outros seres felizes, ainda que os outros não se sintam merecedores desta felicidade, por estarem desconectados daquilo que importa - a prática do apreciar a beleza humana que emancipa, liberta.

A meritocracia é o sistema de autogoverno daquele ser humano, que se sente concretamente detentor de sua própria Liberdade. ;^)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A árvore da Vida


A revista 'Superinteressante' deste mês, está com uma edição especial tratando somente de Cabala. Observando o diagrama que eles chamam de 'Árvore da Vida' podemos perceber alguns triângulos formados por círculos chamados de sefirás. E entrelaçando os conceitos de cada sefirá que compõem um triângulo, podemos construir alguns textos interessantes. Claro que cada texto vai da interpretação de cada um. Aqui abaixo vão duas interpretações minhas a partir de dois triângulos:

Triâgulo 1 - Binah + Kether + Hockmar
# Ao expressar-se, genuinamente e atento, o ser humano encontra em si próprio a origem de tudo, experimentando-se. O que o leva a valorizar muito mais o seu ser intuitivo em detrimento do ser pensante.

Triâgulo 2 - Binah + Tiferet + Hockmar
# Os preconceitos dificultam o processo de autoconhecimento, pois a partir da memória, tendemos a valorizar aquilo que verdadeiramente não tem valor para o aprimoramento da espécie humana, já que se autoconhecer, também é, no mínimo desagradável. E somos socialmente orientados a considerar viável apenas aquilo que nos possibilita prazer e segurança. Ainda que para se manter este status seja necessário o maltrato do outro, ou pior, o de si mesmo. Mas se compreendermos aquilo que se mostra no ato de se expressar, quando das relações humanas, o ser intuitivo, o não planejado ou planejável se revela subjetivamente, mas com precisão e beleza.

domingo, 3 de outubro de 2010

A mamangava

Quando eu estava morando na Dinamarca encontrei um cartão postal que falava sobre a mamangava, aquelas abelhas enormes que vivem solitárias. O texto era mais ou menos assim: "A ciência afirma que as asas da mamangava não possuem, nem o tamanho nem estrutura ideal para que ela possa voar; devido à sua anatomia, peso, etc. Logo é impossível, cientificamente falando, que a mamangava venha a voar... Mas como ela não sabe disso ela voa!"
Isto é a Natureza, sábia que é, nos ensinando que as nossas certezas somente podem ser comprovadas através da nossa própria experimentação, ou no mínimo através de uma profunda reflexão inteligente, livre de preconceitos!


B¬*

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Flor


Faz uns 2 anos eu plantei no meu jardim algumas flores, as quais algumas pessoas chamam de amor-perfeito, mas pelo google amor-perfeito é outra flor. Elas floresceram bem, deixando o jardim bastante colorido naquele ano, mas quando o verão chegou elas não suportaram e morreram. Todas! Desde então outras flores foram plantadas, outras plantas nasceram e ficaram. Um dia destes, para a minha surpresa, nasceu expontaneamente uma daquelas flores plantadas a dois anos atrás. A foto acima é dela!

Fiquei com isso pensando na impermanência das coisas... Mas no fato da perenidade da Beleza! Para se ter Beleza só depende de nós. Para se Ver Beleza só depende de nós. Para cultivá-la só depende de nós... Inclusive na forma de uma flor!

Beijos

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

V de Vingança


Ontem eu estava morrendo de sono, mas não consegui largar o filme V de Vingança, que eu já assisti umas 10 vezes. O filme trata a respeito de um governo autoritário que se mantém no poder através da imposição da violência e da censura, e o pior, com o consentimento da população. Na verdade, após a ascenção daquele governo ao poder, as pessoas se tornaram anestesiadas, não questionam os desmandos políticos, não possuem desejos particulares, apenas consomem aquilo que é permitido, ou disponibilizado pelo governo, pelo sistema estabelecido. Alguma diferença com a realidade do Brasil? Acho massa a cena em que um dos apresentadores da televisão, mostra uma 'Alcorão' para a personagem de Natalie Portman. O Alcorão tinha sido proibido pelo governo, mas o apresentador possui um, infrigindo a lei, pelo simples fato dele achar muito bela a poesia do livro. É exatamente neste momento que Estética e Idealismo se confundem. E na realidade acredito que uma é a mesma outra coisa, pois sem se estar atento ao que se sente, se não sabemos se agimos motivados por nossos sentimentos não é possível perseguir nossos ideais. Seremos sempre manobrados pelos outros, através da cultura estabelecida, através da mídia, através dos modismos, através da opinião dos outros. Uma vida com um objetivo é interessante, mas uma vida sustentada pela vontade de realização de um ideal é simplesmente perfeita!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A beleza que há em todas a coisas

As vezes caimos na armadilha de acreditar que serão os outros que nos farão felizes, que nos motivarão a seguir adiante, que embelezarão a nossa vida.

Cada ser humano é um revolucionário em si mesmo, e assim sendo não precisa assumir como suas as "verdades" aceitas pelos outros, principalmente se a argumentação está fundamentada no simples fato de que, a "verdade" está sendo aceita porque a multidão concorda que ela é correta, e este simples fato a torna necessária para todas as pessoas do planeta. Observem a qualidade das músicas que consumimos, como a mídia trata as mulheres e assim como a própria mulher se vê perante a sociedade, como as crianças e adolescentes compreendem o que é diversão, e como o sistema entende o que é educação. Já presenciamos um mauricinho tocar fogo num índio sob o pretexto de ter achado que era um mendigo. Logo se fosse um mendigo o fato, para este ser humano, seria a coisa mais normal do mundo. Numa outra ocasião três seres humanos de mesma qualidade e classe social, do Rio de Janeiro, espancaram uma empregada doméstica, achando que a mesma era um prostituta. Para eles se fosse uma prostituta eles tinha o direito de espancar.

Precisamos, em caráter de urgência, fazer a nossa parte. Vivermos sob a direção do nosso próprio olhar, fruto de nossas próprias reflexões que serão alimentadas pela vontade de nossos sentimentos, que é um patrimônio individual, mas que quando colocados no coletivo tem o poder de transformar tudo para melhor, porque vivemos sob a égide de uma Lei Natural de nome Lei de Evolução. Podem os sistemas cair, a barbárie se instalar, mas neste meio sempre haverão aqueles que se utilizarão das adversidades para se tornarem pessoas melhores e propor isso aos outros.

Se não fizermos nossa parte no que diz respeito à prática da beleza e do sentimento, representada principalmente pela gentileza e equilíbrio nas relações, teremos realmente que conviver com monstros citados acima, como elemento normal da composição da sociedade, da nossa vizinhança, da nossa família. E para fazermos diferente é necessário que aprendamos a ver o que há de belo, e não se entreter o que valoriza a depreciação humana, apenas estando atento que só é possível assim fazermos, observando a origem da ação, dedicando atenção à experiencia estética, logo ao que sentimos quando nos relacionamos com as coisas que nos circundam, que nos tocam seja para o bem ou para o mal. A reflexão tem que ser sempre de dentro pra fora, para embelezar o indivíduo de forma completa.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O vazio

Para a atenção plena a tudo, o conceber sem preconceitos. Pois o vazio está pleno de tudo. Não há poder, nem vaidades, mas sim Plenitude. O estar pleno de tudo.

Neste estado percebemos que quando 'eu' acho que sei todas as respostas, a Vida muda todas as perguntas.

domingo, 16 de maio de 2010

A vela

Ao longo de nossas descobertas no desenvolver de nossas vidas, criamos ou desvelamos conhecimentos que vão nos auxiliar a criar e desvelar outros. Aprofundamos nossas capacidades de realização, sublimamos as nossas necessidade, e através deste óculos percebemos o mal, a transição e o bem, estágios de etapas da vida, que sem as quais o viver seria muito chato e sem propósito.

O conhecimento científico, filosófico e espiritual é a trindade que foi separada em unidades isoladas e contrastantes entre si, principalmente a partir das pesquisas filosóficas de René Descartes. Brevemente teremos estas unidades unidas outra vez numa unidade composta destas três partes, manifestando-se na sociedade, não antagonicamente como podemos perceber na atualidade, mas harmonicamente como costumava ser nas civilizações antigas, como costumava ser com todo povo nativo que vivia em plena consonância com a Natureza e suas Leis.

Religião, filosofia e ciência! O homem que deseja propor algo novo, algo belo, seja através das artes visuais, do teatro, da música, da literatura, da oratória para a sociedade da qual é parte integrante, deve demonstrar em suas ações e obras construidas o reflexo desta Luz que o mesmo reconhece em todas as coisas. Também podemos portar esta urgência de transformação como uma vela, a qual doamos aos nosso queridos, como um presente, um lapso de claridade, mas com a compreensão de que cada um tem seu rítmo, além do que nenhum presente pode ser imposto, embora o tempo já tenha acabado. É só refletir acerca dos problemas do mundo e tirar suas próprias conclusões.

terça-feira, 27 de abril de 2010

En el Muelle de San Blas

Neste último final de semana estive em Vitória da Conquista, cidade do sudoeste da Bahia onde simplesmente o fato de estar lá já é uma experiência estética. Estava experimentando algo de autoconhecimento na noite de sábado e por volta da madrugada o celular de 'Fábio' tocou... Perguntei que música era aquela que estava como toque do celular e ele me mostrou a música inteira: En el muelle de San Blas - Mana. E ele disse: A letra da música é "triste e bonita". Como algo pode ser Triste e Bonito? Começamos a conversar acerca da letra da música, e obviamente estávamos argumentando sobre estética e sentimentos humanos.

A experiência estética que é transformadora está afeita ao nosso percebimento, a como percebemos os acontecimentos ao nosso redor, sem jamais perder de vista o que está, no momento, acontecendo dentro de nós, se as coisas estão tranquilas, ou as turbulências chamadas emoções estão rolando. Normalmente somos tomados pelas emoções e não percebemos o seu real valor acontecendo dentro da gente.

Muitos ouvirão a música e taxarão a menina no porto de louca... Será? Não pensem nela de maneira literal, mas simbólica. Para toda ação perfeita são necessários alguns elementos: Razão, boa intenção e bom senso. Com isso não pude de deixar de me questionar, e faço a você o mesmo questionamento: O que motiva esta menina no cais de San Blas ?

O que motiva a garota????? Pode algo ser Triste e Bonito?????



Segue abaixo um link do You Tube pra se ouvir a música; e ler a letra e a tradução numa apresentação de slides.

Ouça aqui -> En el muelle de San Blas

Maná é uma banda de pop rock mexicana fundada em 1980 em Guadalajara.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Uma mística natural

Um dia destes eu estava conversando com meu irmão, sobre a mágica que há na música e ele lembrou de um fato relatado por um amigo dele, Lins, que vinha com outros amigos dirigindo na linha verde (Rodovia Ecológica próxima de Salvador-Ba), quando a lua cheia despontou bem diante do horizonte da estrada, colorindo de amarelo a escuridão do ambiente distante das cidades. Os caras pararam o carro, ligaram o som e emoldurados pela floresta que costeia a rodovia dançaram reggae embalados pela batida de 'Natural Mystic', música de Robert Nesta Marley.

Virá o dia, e espero que não esteja tão longe, em que nas escolas educaremos nossas crianças para serem seres sensíveis, conscientes de si mesmo. Conscientes daquilo que sentem. Não mais modelados por uma sociedade que forma seres técnicos; forma arquitetos, advogados, enfermeiros, médicos, contadores, professores, mas quais destes profissionais aprenderam na academia a ser humano? A sensibilzar-se com a dor do outro, ao invés de permitir que a rotina justifique como normalidade uma pessoa morrer num corredor de um hospital por falta de atendimento? Quando este dia chegar vamos parar para ver o pôr do sol; não porque a atriz da novela estava fazendo; não porque está na moda demonstrar sensibilidade, mas sim porque é exatamente isso que o nosso meio de amar anseia, que as nossas emoções exigem, que o nosso sentimento demanda e percebemos isto com clareza. Este dia virá e nesta sociedade formada por seres autoconscientes, nunca mais teremos vergonha de demonstrar socialmente o ser sensível, amável, gentil, atento, espiritual que carregamos dentro da gente. E nestes dias talvez muitos outros Lins estarão dançando envolvidos pela mística natural, provando que há uma distância astronômica entre o ser intelectual e o Ser Inteligente.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Chaplin


O Caminho da Vida

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.

A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.

Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.

Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.

Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

Charles Chaplin
(O Último discurso, do filme: O Grande Ditador).

O negócio é que para se ser afetuoso e doce é necessário ser inteligente, né não? O fácil é ser grosseiro, e pra isso não se precisa ser inteligente. Talvez ele tenha desejado ter dito: Precisamos de menos intelecto e muito mais de inteligência, para podermos acessar em nós mesmos o ser afetuoso e doce!

A Vida


A vida é onde Deus se experimenta no ser humano. É o silêncio pleno que existe entre as batidas do coração e o inspirar e o expirar. É a força que nos impulsiona pra frente diante de uma tela de cinema, que exibe um filme que nos emociona... Este vazio atento ao qual nos dedicamos nas salas de cinema, é que é o viver genuíno. É a ternura que percebemos em nós mesmos quando estamos diante do olhar de um recém nascido. É a sensação que nos invade quando dançamos. É o planejamento que prioriza a relação com o Todo, com a Natureza em primeiro lugar, e em si mesmo, pra depois valorizar o que vem depois. A Vida É! A Vida é...

E pra terminar, uma citação de alguém que fez de sua vida uma constelação colorida, em prol do desenvolvimento humano:

"BOM MESMO É IR À LUTA COM DETERMINAÇÃO,
ABRAÇAR A VIDA E VIVER COM PAIXÃO,
PERDER COM CLASSE E VIVER COM OUSADIA,
POIS O TRIUNFO PERTENCE A QUEM SE ATREVE,
E A VIDA É MUITO BELA PARA SER INSIGNIFICANTE."
(Charles Chaplin, o cara que sabia das coisas!)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Perceber a vida com Gentileza.

Depois de ter conversado com um amigo fiquei pensando como a gente hipervaloriza as coisas que não prestam, e não dá a mínima para as coisas maravilhosas da vida. Amizade por exemplo.

Esta normose verdadeiramente doentia tem que ter uma origem nas nossas escolhas. Não é possível que seja diferente. Será que é a novela? Porque normalmente só se vê as pessoas elogiando a novela quando se tem casais se traindo, marido batendo em mulher, corrupção em alta, etc. Aí a novela está boa! Putz! A razão desta degeneração pode ser também outros programas, os quais não vou me dar o trabalho de relacionar, que mostram o enganar o outro, a mentira, a inveja, o "jeitinho brasileiro", o ser 'mais esperto que o outro', como padrões de comportamentos necessários para que se tenha um convívio social, no mínimo agradável, mas sem nunca olhar para 'dentro', sem nunca perceber o que se perde de humanidade cada vez que cada postura que apenas prejudica o outro é perpetrada. Imagine o efeito disso na alma quando o indivíduo, fielmente, acredita que fazem parte da normalidade do 'ser' humano. E ainda que existam aqueles que acreditam que estas características sejam também parte do ser humano, que seja. Então afirmo que precisamos ser mais que humanos. Pois pode ser que do jeito que nos consumismos e assim consumimos o planeta, não haja mais tempo de de dar três passos pra trás, para poder tomar impulso e conseguir saltar o muro dos problemas de uma maneira geral. Porque estes que acreditam que as grosserias são partes compreensíveis do ser humano, provavelmente nunca estão atentos quando estas mosntruosidades saem, mas são críticos ferrenhos de quando se é tratado com grosseria. E no fim sempre culparemos os outros, a sociedade, o sistema... Defina' o sistema'!

Vivemos esta loucura! Sugiro que passemos a atentar para a parte colorida da vida e colorir aquelas que estão desbotadas. Valorizar a força da Luz do Sol e não se apegar com tristeza à tenebrosidade da escuridão. Ou seja, como se diz popularmente: Se a vida lhe oferece um limão, não perca seus dias reclamando do azedume do mesmo... Faça uma limonada! Senão trataremos as pessoas ao nosso redor de forma desprezível por causa, apenas, de um limão azedo. Sob pena de terminarmos nossos dias entubados numa cama de hospital, olhando para trás no filme da vida e se desesperando quando perceber que a vida que se viveu, foi vivida por um morto-vivo. Ao invés disto vamos ver, perceber e valorizar cada gentileza que nos é oferecida e com isso se motivar a tratar todos os outros com a mesma getileza. Ver a vida com beleza. As vezes não é fácil. Mas como disse a rosa do Pequeno Príncipe: "Se desejo ter o prazer de ver as borboletas, é necessário tolerar algumas lagartas."

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O perfume


Ontem peguei em alguém que deixou bem marcado um perfume em minhas mãos. Não sei quem foi. Mas sei do perfume! Uma obra de arte volátil, fantástica, que me encheu com um oceano que só poderia ser expressado através da 'filosofia da arte'. Uma fragância colorida, afiada e suave ao mesmo tempo. Várias ilustrações foram concebidas a partir desta experiência, as quais logo farão parte do grupo de imagens daqui do blog. Um momento pleno de prazer estético não poderia passar despercebido.

Acredito que no dia que construirmos em nós mesmo esta capacidade de valorizar as coisas certas, significativas e que valem o nosso esforço, mesmo psíquico, a vida se tornará mais fácil, mais produtiva. Precisamos valorizar estes raros momentos de prazer subjetivo, onde podemos genuinamente ser livres, sem condicionamentos, sem modismos sociais. Pois dentro de nós mesmos somos livres, e sem esta liberdade não é preciso estar vivo. Esta experimentação da sensação estética é um genuíno ato de autoconhecimento. Esta é a busca primitiva deste sentido primitivo, que a realidade urbana contemporânea tenta obliterar. Precisamos permitir que esteja disponível em nós e temos, por obrigação, que contagiar os outros. Para que todos possamos valorizar o que sentimos, e não aquilo que nos é dito como verdade, como aquilo que se convencionou chamar 'sistema, pretende. Porque somente a experiência direta e completa preenche o espaço interno destinado à aprendizagem, ainda que esta se dê através da reflexão.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Paz no mundo!


Hoje em Salvador foram queimados seis ônibus pelo crime organizado. Dá pra acreditar? A moda carioca está sendo adotada por nossas bandas.

Estamos vivendo um período de caos generalizado, o qual envolve nossas vidas por todos os lados. Por isso não há lógica em criar, manter e dar manuntenção a outras situações caóticas por menores que sejam consideradas. Sendo caos... será sempre grande o suficiente. E células deste caos maior que somos obrigados a conviver. Descuidamos deste aspectos no trabalho quando competimos de forma agressiva, injusta e invejosa com os colegas, criando distâncias onde deveria haver unidade...ainda que fosse a de equipe. Descuidamos disso na vida pessoal, quando negligenciamos aquele que escolhemos por companheira(o), e criamos uma relação de escravagista e escravizado, dono e possuido, enfim uma relação de orgulho e vaidade. Quando tratamos o outro sem cuidado, sem carinho, como "algo", como material conveniente, como peça descartável. Descuidamos disso no aspecto moral da vida, quando buscamos o prazer a qualquer custo e acima de qualquer coisa... Tal comportamento é um dos principais catalizadores de caos na sociedade, quando pelo prazer do status pisamos no colega, mentimos e caluniamos pra satisfazer a direção da empresa, quando tratamos as mulheres como lixo descartável, e as mulheres aos homens.

É necessário que possamos conter, mudar ou transformar este fato em nós. Minimizar, conter ou extinguir a origem do caos partindo de nós mesmos, o caos que tem início a partir de como lidamos com aquilo que sentimos. Pois o fim do caminho que envolve o caos exterior dá-se em nós mesmos. Assim quando estivermos circundados por ambientes desordenados, vamos nos dispor a contribuir com a ordem. Quando estivermos desequilibrados e criando pensamentos grosseiros, vamos imediatamente reverter o comportamento e passar a criar 10 pensamentos de paz, amor e harmonia, para cada um pensamento grosseiro. Já que o pensamento tem corpo e é força realizadora para o bem ou para o mal. Quando formos criticados, abandonados, humilhados, caluniados... Utilizemos mais estes tijolos de construção no processo de nosso autoconhecimento, no mínimo perguntando-se: -Com que objetivo vou responder a esta provocação? E assim seguir transformando a nós mesmo, autorealizando, contribuindo para um mundo melhor; e principalmente para um ser humano melhor. Mais condizente com o ser humano que deve habitar o século XXI.

Precisamos estar comprometidos em semear mais flores, onde tudo é lama, escombros e podridão generalizada.



Paz e Harmonia a todos!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A Liberdade

"A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência." Mahatma Gandhi

E nós? Sabemos quais são as grades que nos aprisionam?
Apenas um pássaro que nasceu livre e foi aprisionado numa gaiola, sabe o quão maravilhoso é a sensação de voar. Somos pássaros, mas nos permitimos crescer em gaiolas e não satisfeitos com a individual ausência de liberdade, criticamos e atacamos os pássaros que percebemos, de dentro de nossas gaiolas, livres voando no céu.

Quebremos nossas gaiolas, abramos nossas asas e pulemos no nosso abismo interior... Para alçar vôo às alturas da sabedoria do genuíno 'Ser Livre'. ;¬)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

U2 - I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight


Eu vou ficar louco se não enlouquecer esta noite!

Fiquei embriagado ao assistir este vídeo que ilustra a música do U2 de mesmo título. No entanto sou suspeito, pois amo animações com a pegada dos conceitos cinematográficos, planejadas como verdadeiras obras de arte. Bono Vox e seus amigos estão talhando juntos uma história gravada com caracteres de ouro.

Este vídeo proporcionado pela letra concebida por Bono é um alento para aqueles que ainda acreditam no mundo e na real função do ser humano sobre o planeta. Tudo anda tão trabalhoso, os valores estão invertidos, tudo aquilo que intuitivamente sabemos não fazer bem como a corrupção, violência e a busca ilimitada e inconsequente por qualquer tipo de prazer tornaram-se normalidade e a população reagiu perdendo a possibilidade de indignar-se. Que bom seria se pudéssemos verdadeiramente nos tratarmos como verdadeiros irmãos. Saber respeitar a escolha, os planos, as buscas do outro. Pessoas que compreendem que toda forma de preconceito é vã, já que a morte e a doença existe para todos, os infortúnios são comuns aos seres humanos e inerente ao viver, cada um segundo o cobertor que lhe foi ofertado pela Natureza. Esta psicologia inversa é necessária por que muitos sequer consideram que na realidade somos idênticos na essência, não no amontoado de células e organização bioquímica, e por isso somos Um, já anulando inteligentemente qualquer forma de preconceito. Virá o dia em que cada ação do indivíduo será elemento de reflexão dele mesmo, pois ele já compreenderá que fomos feitos para brilhar acima das nuvens cinzentas, impregnando-as de Luz. Cada um será responsável pelo quadro que deixar pintado na memória da Vida.

O tempo passa e a história é escrita por cada um dos personagens no palco da Imortalidade. Mas se tem um cara que quando a transformação chamada Morte bater a sua porta, e ele como todos não tiver escolha senão abrir, ele dará as mão a esta nobre senhora, e seguirá para o atualmente desconhecido. Contudo quando ele olhar para trás terá um largo sorriso no rosto, por ver as cenas de sua história escritas por ele mesmo, plenamente pontuadas por Contribuição, Beleza e Nobreza. Tenho certeza de que quando chegar a nossa vez a nobre senhora nos encontrará com o mesmo largo sorriso nos lábios, pela mesma razão do sorriso de Bono, prontos para os próximos desafios.

Assista ao vídeo postado no youtube pela Vevo, e se embriague bebendo estas sensações estéticas! Não beba com moderação!
 

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